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15/01/2025

🌾🇧🇷 "Se Trump fecha a porta, a China abre o portão da fazenda"

O mundo gira, o agro roda, e a geopolítica se planta com agrotóxico e colhe-se com tarifa.

Trump — sempre ele — resolveu que o Brasil está barato demais pro gosto americano. Jogou tarifa no nosso frango, no nosso boi, na nossa soja. Como quem diz: "não quero mais brincar com vocês, vou trancar o campo e esconder a bola."

Mas o Brasil, meus amigos, é aquele vizinho que tem quintal grande, cachorro solto e cheiro constante de churrasco — sempre aparece outro querendo fazer amizade.

Sai os EUA, entra a China. Sai o Texas, entra o Egito. Sai o Nebraska, entra a Indonésia. O agro brasileiro não chora — exporta.

E agora, o que vemos é um desfile de possíveis novos amigos: Vietnã, Turquia, Argélia, Paquistão... Uma nova rota da soja, um novo mapa da proteína. É como se o Brasil, expulso da festa americana, tivesse achado um after global.

Mas cuidado. Isso não é novela rural da Globo. É jogo pesado. Com Trump no comando, os EUA deixam de ser cliente e viram concorrente. A tábua da salvação vira tábua de maré: sobe em um canto, seca no outro.

No meio disso, o Brasil precisa aprender uma coisa que nunca soube direito: negociar com o mundo sem abaixar as calças.

Porque vender tudo pra todo mundo, a qualquer preço, é receita de colônia. E a gente já foi isso demais.

Talvez o golpe de Trump sirva pra algo útil: nos forçar a olhar pro lado. Descobrir que existe vida fora do dólar. E que o Brasil, quando quer, não depende — abastece.

Boa noite. E cuidado: se o agro continuar crescendo assim, é capaz da gente virar potência sem querer. E aí, sim, os gringos vão querer nos invadir de novo — mas dessa vez, com contrato na mão.

Por Jabuti

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